O deputado federal João Maia deu a volta por cima.
Depois de ter levado uma rasteira do senador Rogério Marinho, que lhe tomou o comando do PL, João passeou pelo MDB mas é no PP que ele está se encontrando.
Foi o PP que lhe deu a guarda para que ele possa manter a estrutura partidária que construiu durante anos presidindo o PL.
Um patrimônio que Rogério não herda. Encontra um PL pelado, nu com a mão no bolso, apesar de reiterar que filiou 18 prefeitos que ele não nomina.
Antes de ser acolhido pelo PP, João Maia teve um namoro com o MDB do vice-governador Walter Alves. Caso se filiasse, seria o nome que o partido não tem na bancada federal.
Mas no MDB João não seria presidente. Seria um nome importante, mas um liderado. Teria uma solução para ele, e talvez um problema para alguns dos municípios onde formou base. Porque política é um fato local e todo mundo sabe disso. E um João ‘liderado’ em vésperas de uma eleição para prefeito não seria a mesma coisa de um João ‘líder’.
No PP, fica bem com o MDB de Walter e até com o PT da governadora Fátima Bezerra. Basta ver a foto desta quinta-feira em Brasília: João, o atual presidente do PP/RN e ex-deputado Beto Rosado, e no meio Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais do governo Lula.
Padilha que carimba a chegada de João ao centro governista.
E Beto, que é um caso à parte.
Adversário ferrenho de João nas eleições de 2020 em Messias Targino, trabalhou para derrotar a prefeita Shirley, mulher de João. Mas agora sem mandato, teve as bençãos da ‘tia’ Rosalba Ciarlini para se aproximar de João e da prefeita reeleita Shirley, ao ponto de lhe passar o comando do PP.
E como na política a estrada vai, mas volta, convém aguardar para saber se a Beto caberá só a compensação em Messias Targino, ou, e também, sua entrada no cenário estadual.
FONTE: thaisagalvao.com.br