Delação implica Rui Costa (PT) em fraude na compra de respiradores na Bahia no valor de R$ 48 milhões

A empresária Cristiana Prestes Taddeo, da Hempcare, citou o nome do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), em delação premiada. A informação, do site UOL, mostra que a delação faz parte de uma investigação da Polícia Federal que encontrou indícios que ligam o o petista a irregularidades em um contrato de R$ 48 milhões para a compra de respiradores durante a pandemia, quando ele era governador da Bahia.

O UOL teve acesso ao conteúdo da delação. O fato é que, segundo a reportagem, os respiradores nunca foram entregues, e o dinheiro não foi totalmente recuperado.

“A empresária fechou um acordo de delação premiada em 2022 com a vice-procuradora-geral da República na época, Lindôra Araújo. A colaboração foi homologada pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Og Fernandes, também em 2022”, diz o texto do jornalista Aguirre Talento.

Cristiana Taddeo chegou a devolver R$ 10 milhões aos cofres públicos em troca de benefícios processuais, e abriu o jogo sobre irregularidades no negócio feito com Costa.

“Na delação, Taddeo afirmou aos investigadores que a contratação da Hempcare foi intermediada por um empresário baiano que se apresentou como amigo de Rui Costa e da então primeira-dama, Aline Peixoto. Esse amigo teria cobrado o pagamento de comissões pelo negócio, que totalizaram R$ 11 milhões”, acrescenta a reportagem.

Delação é contra o ministro que era governador da Bahia
Rui Costa é um dos ministros mais influentes do governo Lula e nega as acusações da delação. À reportagem do site, ele alega que foi ele mesmo quem determinou a investigação sobre o caso. “Costa afirma nunca ter tratado “com nenhum preposto ou intermediário sobre a questão das compras deste e de qualquer outro equipamento de saúde”, diz o texto do UOL.

Mas, a empresária não foi a única a cita o nome de Rui Costa. Conforme consta na reportagem, um ex-secretário do governo baiana também mencionou o nome dele, revelando que fechou negócio com a empresa em nome do então governador.

UOL

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