Fátima: “Senado deve corrigir o equívoco do processo de Impeachment”

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Em discurso realizado no Plenário, nesta segunda-feira (25), a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) afirmou que o Senado deve corrigir o equívoco histórico, jurídico, político e constitucional da Câmara dos Deputados, quando aprovou o recebimento do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Segundo a parlamentar, o Senado não pode se ater apenas aos ritos processuais. “Nós consideramos extremamente importante o papel do Senado neste momento. Claro que temos que respeitar os ritos – e aqui no Senado não tenho nenhuma dúvida de que isso será respeitado –, mas nesta Casa temos que analisar fundamentalmente o mérito do processo”, declarou.

Fátima também demostrou sua confiança de que o golpe travestido de impeachment não passará no Senado e que a soberania popular vai ser respeitada. “Vamos derrotar o golpe no Senado e vamos derrota-lo nas ruas. Não perdi a minha esperança, muito menos a confiança, de que esta Casa vai saber agir com a sabedoria exigida para aqueles que compõem a Câmara Alta. Estou certa de que aqui saberemos barrar este processo simplesmente porque reconhecemos que, apesar de respeitado o rito, não se pode condenar ninguém por um crime que não cometeu”, afirmou.

Fátima lembrou ainda das manifestações espontâneas em defesa da democracia e do cumprimento do mandato da presidenta, no último final de semana. “Quero só dizer que desde o início nós colocamos que não haveria golpe sem resistência e sem luta. O final de semana demonstrou mais uma vez que a juventude, as mulheres, os artistas, os trabalhadores, enfim, a maioria da sociedade brasileira continua se mobilizando. Isso também demonstra que não será tão fácil tirar do poder a presidenta legitimamente eleita, rasgando a Constituição, violando a democracia, assassinando a soberania popular, desrespeitando o voto secreto, universal e legítimo de 54 milhões de eleitores e eleitoras”, enfatizou.

Fátima parabenizou ainda a presidenta Dilma pelo seu discurso na assembleia da ONU, na última sexta-feira. “A fala foi digna de uma mulher estadista, esperançosa de que a democracia vai prevalecer nesse processo injusto e ilegítimo a que ela está sendo submetida”, destacou.

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