Bolsonaro diz que será candidato em 2018, ‘gostem ou não gostem’.

Do G1, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) afirmou nesta quarta-feira (9), ao prestar depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, que será candidato a presidente da República em 2018, “gostem ou não gostem”.

A declaração do deputado foi dada enquanto ele falava na condição de testemunha em um processo aberto pelo Conselho de Ética para apurar se Jean Wyllys (PSOL-RJ) quebrou o decoro parlamentar ao cuspir em Bolsonaro no ano passado, na sessão da Câmara na qual era analisada a admissibilidade do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Durante o depoimento ao conselho, Jair Bolsonaro ainda afirmou que será candidato ao Palácio do Planalto nas próximas eleições por sofrer o que ele chamou de “perseguição política” praticada por grupos de esquerda.
“É uma praxe atacar o Jair Bolsonaro, afinal de contas, estou no caderno de tese do PT do ano passado. ‘Vamos cassar o mandato do deputado Jair Bolsonaro’. Querem calar o parlamento como, lamentavelmente, a turma do Supremo que me tornou réu fez”, afirmou Bolsonaro nesta quarta.

Em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu duas ações penais contra Jair Bolsonaro, e ele se tornou réu na Corte pela suposta prática de apologia ao crime e por injúria.

Em 2014, o deputado afirmou, na Câmara e em entrevista a jornal, que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) não merecia ser estuprada porque ele a considera “muito feia” e porque ela “não faz” seu “tipo”.

Nesta quarta, o parlamentar afirmou que o processo no STF pode prejudicá-lo em uma eventual candidatura a presidente em 2018. “Não quero conviver nesta Casa como incentivador de estupro no Brasil, está na cara que é perseguição política”, disse.

“Deputado e senador réu não senta na cadeira da presidência, como fica meu caso lá. Eu vou ter que pedir clemência ao Supremo para me julgar. Se me julgar e absolver, tudo bem, se me julgar e condenar, como é um crime de pequeno potencial, eu não me enquadro na Ficha Limpa. Mas, sem ser julgado, eu vou ser sangrado numa campanha como réu no Supremo”, acrescentou.
Bolsonaro afirmou que sua candidatura ainda não está consolidada dentro do PSC. “Temos entrave partidário. Há dois anos me preparo para que o partido, se assim entender e dar legenda de acordo com minha aceitação popular, eu estarei pronto para enfrentar uma campanha presidencial, o que não é fácil”, concluiu

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