Reunião técnica em Natal discutiu situação do sistema Curemas-Mãe D’Água

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A situação do sistema hídrico Curema-Mãe D’Água vive uma situação crítica com o passar dos dias. Na manhã desta terça-feira (06/12) foi realizada uma reunião técnica sobre a operação do sistema com representantes dos órgãos gestores da Paraíba e do Rio Grande do Norte. O encontro foi coordenado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Piancó-Piranhas-Açu e aconteceu na sede da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern), em Natal.

Ao final da reunião foram definidos os seguintes encaminhamentos: redução da vazão defluente do açude mãe d’água para 2,5 m3/s; realização de reunião entre Cagepa e Caern com participação da AESA do IGARN e da ANA para definição de rodízio dos sistemas de abastecimento de água; continuidade sistemática da fiscalização coordenada pela ANA em parceria com o IGARN e AESA; e a manutenção da limpeza realizada na calha do rio em 2015.

“Essa reunião tem uma importância histórica, pois estamos praticando o cerne da Lei 9.433 e tomando decisões em um momento difícil para que nós possamos manter, por um lado o abastecimento das comunidades, e por outro reduzir a vazão fazendo com o que o açude possa ter vida nos próximos messes. Dessa forma, temos que pensar as decisões em conjunto para encontrar soluções que permitam economizar água e ao mesmo tempo manter o abastecimento das cidades”, disse Paulo Varela.

Para João Fernandes, diretor-presidente da AESA/PB, é necessário que os órgãos possam permanecer reunindo-se constantemente. “Na verdade estamos refletindo sobre todos os problemas enfrentados nessa bacia, sobretudo no que se refere ao abastecimento de água. É importante que possamos, além de nos reunir, passar para a sociedade o que estamos decidindo, acima de tudo com o objetivo de conscientizar a população de que só temos água para o consumo humano. Aqueles que insistem em irrigar estão atentando contra a lei e contra o Direito Humano de acesso a água e prejudicando a vida dos municípios”, destacou.

Já para Josivan Cardoso, diretor-presidente do IGARN, “existe um consenso entre os representantes dos órgãos da Paraíba e do Rio Grande do Norte e o CBH PPA que haveria de ter uma situação na qual pudéssemos ter a condição de manter o sistema funcionando. Dessa forma, todos os representantes envolvidos entendem que todos tem o direito de uso da água e por esse motivo consensuou-se uma redução mínima na vazão defluente de tal maneira que agora vai sair 2,5m3/s. Além disso, temos toda uma estrutura de fiscalização para que a água possa chegar na captação de Jardim de Piranhas”.

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