O procurador-geral da República, Rodrigo Janot (Evaristo Sá/AFP)
Em artigo publicado na edição deste domingo do jornal Folha de S.Paulo, intitulado “Hora de mudar os rumos do Brasil”, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu a atuação da Operação Lava Jato, que completou três anos na sexta-feira e falou sobre os pedidos de investigação encaminhados ao Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada. Os 320 pedidos, entre solicitações de inquérito, arquivamentos e declínios de competência, entre outros, foram baseados nas delações premiadas de executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht.
No texto, Janot ressaltou que “a atividade político-partidária é essencial ao regime democrático e condição de seu funcionamento” e “não se podem confundir os atos criminosos de alguns políticos com a própria política”. O procurador-geral justificou o fato de estar falando publicamente por estar interessado em esclarecer pontos “obscuros” no debate, que indiretamente atribui ao sigilo, que ainda perdura no que diz respeito às colaborações da construtora.
Ele criticou o uso da expressão “lista do Janot”, que, acredita, permite o entendimento de que o ocupante do seu cargo tenha algum tipo de prerrogativa em escolher aqueles que serão ou não alvos de pedido de inquérito, o que julga não ser verdade. Ele diz que esclarece o “óbvio”: “o Ministério Público Federal, com a Lava Jato, não inventou crimes inexistentes nem patrocinou teses de responsabilidade penal objetiva.”
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