Os políticos citados, os pontos-chave das delações, os inquéritos e as petições, os vídeos e o raio X completo da empresa:
Fábio Faria- Deputado federal:
O deputado Fábio Faria (PSD-RN) é suspeito de receber recursos da Odebrecht Ambiental via caixa 2 para abastecer sua campanha eleitoral em 2010, segundo inquérito autorizado pelo ministro Edson Fachin.
‘Como é dever de todo e qualquer homem público e com confiança nas instituições do nosso país, prestarei todos os esclarecimentos à Justiça e ao Ministério Público para provar minha inocência em relação às acusações ora apresentadas.’
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Felipe Maia – Deputado federal:
Segundo o Ministério Público, relata o colaborador a ocorrência de pagamento de vantagem no contexto da campanhas eleitoral de Felipe Catalão Maia à Câmara dos Deputados. A suspeita é de um repasse financeiro não contabilizado de R$ 50 mil.
‘Não fui notificado sobre o teor das acusações que envolvem meu nome. Ratifico minha disposição em colaborar com a Justiça para a elucidação de todos os fatos que me mencionem.‘
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Garibaldi Alves Filho -Senador
Na delação, Ariel Parente Costa, João Antônio Pacífico Ferreira e Benedicto Barbosa da Silva Júnior dizem que o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) recebeu R$ 200 mil em caixa 2 para financiar sua campanha ao Senado em 2010. As doações foram efetuadas pelo setor de propinas da Odebrecht, e pagas em duas parcelas.
‘O senador Garibaldi Filho (PMDB-RN) se declara surpreso com a notícia de inclusão do seu nome nas notícias de delações e, ao mesmo tempo em que nega tais suspeitas, põe-se à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos, inclusive disponibilizando os sigilos bancário, fiscal e telefônico, e espera agilidade na apuração e responsabilidade na distinção entre doações lícitas e sem qualquer contrapartida das doações irregulares.‘
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Henrique Eduardo Alves – Ex-deputado federal
O delator e ex-executivo da Odebrecht Márcio Faria afirma que participou de uma reunião comandada pelo então vice-presidente Michel Temer em São Paulo, em 2010, na qual foi discutida a ‘compra do PMDB’ por US$ 40 milhões. Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também teriam participado da reunião. Segundo o delator, o encontro foi marcado para ‘abençoar’ um acordo que envolvia o pagamento de propina para garantir o andamento de um contrato da Odebrecht com a diretoria Internacional da Petrobras – comandada à época pelo PMDB. Delações apontam ainda cobranças e solicitações de pagamentos relacionados à obra Tabuleiros Litorâneos. Os delatores apontam que, em 2010, Eduardo Alves recebeu R$ 112 mil.
A defesa diz ‘repudiar veementemente’ as afirmações do delator. ‘O acusado não se fazia presente em dita reunião, jamais tratou do assunto mencionado e sequer conhece o indigitado delator. É inaceitável que seja dado crédito a afirmação realizada por pessoas envolvidas em ilícitos que se colocam na obrigação de acusar para gozar de benefícios legais.’
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Iberê Ferreira de Souza – Ex-governador do Rio Grande do Norte
Os delatores citam valores indevidos para a campanha de Iberê Ferreira de Souza (1944-2014) para a campanha ao governo do RN em 2010.
A assessoria do PSB, partido do ex-governador do RN Iberê Ferreira de Souza, diz que não tem acesso às contas do período em questão, mas que está à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.
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José Agripino Maia – Senador
De acordo com os delatores, o senador e presidente do Democratas José Agripino Maia (DEM-RN) recebeu ‘vantagens não contabilizadas’ no valor de R$ 100 mil do setor de propinas da construtora Odebrecht para a campanha ao Senado Federal. A quantia, de acordo com o inquérito, é de R$ 100 mil, e o apelido do Senador no sistema era ‘Pino’. Cláudio Melo cita relação profissional cordial com o senador. Cláudio conta ter, a pedido de Marcelo Odebrecht, comunicado Agripino que ele receberia um pagamento de R$ 1 milhão em 2014 – apesar de Agripino não ser candidato. O valor, segundo ele, foi solicitado por Aécio Neves a Marcelo Odebrecht ‘como uma forma de apoio ao DEM, que era presidido à época pelo senador José Agripino.’ O encontro sobre o pagamento foi no gabinete do senador, e o pagamento operacionalizado pela área de operações estruturadas. Cláudio cita ainda pagamentos feitos em 2010 a Agripino (como ‘Pino’) e ao filho do senador (‘Pininho’).
O senador José Agripino Maia divulgou a seguinte nota: ‘Mesmo não tendo sido candidato em 2014 e desconhecendo o teor das menções a mim atribuídas, coloco-me à disposição da justiça para colaborar com as investigações que se venham a requerer’.
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Robinson Faria – Governador do Rio Grande do Norte
Segundo delações de Alexandre José Lopes Barradas, Fernando Luiz Ayres da Cunha Reis, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Ariel Parente e João Antônio Pacífico Ferreira, Robinson Faria (PSD) é suspeito de ter recebido R$ 350 mil na campanha de 2010 (foi vice de Rosalba Ciarlini, do PP)
‘Ainda não tive acesso ao teor da denúncia, mas quero deixar claro que minha postura é de serenidade e consciência tranquila. Estou pronto para prestar os esclarecimentos que venham a ser necessários à Justiça. Continuo seguindo com a missão que recebi de Deus e do povo do meu Estado. Continuo dando tudo de mim, com perseverança e compromisso com o o povo do Rio Grande do Norte.’
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Rosalba Ciarlini – Prefeita de Mossoró (RN) e ex-governadora do Estado
Segundo o Ministério Público, a Odebrecht Ambiental desejava desenvolver PPPs (Parcerias Público-Privadas) de saneamento básico no estado e, por isso, a Odebrecht doou R$ 350 mil à Rosalba Ciarlini e a Robinson Faria e R$ 100 mil ao deputado Fábio Faria na campanha de 2010 ‘para eventual favorecimento em projetos relacionados a saneamento básico’.
Ela diz que nunca recebeu doação de campanha da Odebrecht nem contratou qualquer obra ou serviço com essa empresa ou grupo. Afirma ainda que isso prova a completa improcedência da referência a seu nomes.
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Wilma Maria de Faria – Ex-governadora do Rio Grande do Norte e atual vereadora de Natal
O nome dela é apontado como sendo beleficiária de um pagamento indevido durante a execução da obra da Estação de Tratamento de Efluentes em Natal. O pagamento, segundo os delatores, foi destinado à campanha de reeleição de Wilma ao governo do Rio Grande do Norte em 2006.