Clima, localização geográfica e tradição tornam a Serra de Santana, na região do Seridó, um dos polos de fruticultura do Rio Grande do Norte. Os sete municípios da área – Bodó, Cerro Corá, Florânia, Lagoa Nova, Santana do Matos, São Vicente e Tenente Laurentino – foram responsáveis pela produção de 5.750 toneladas de frutas na última safra, movimentando R$ 7,5 milhões.
O potencial, no entanto, é ainda maior e para explorar essa atividade o Sebrae no Rio Grande do Norte, juntamente com instituições parceira, está estruturando na região o Arranjo Produtivo Local (APL) da Fruticultura da Serra de Santana.
A ideia é organizar a cadeia de valor, melhorar o manejo e otimizar a comercialização, sobretudo para os pequenos agricultores, para desenvolver a fruticultura e agroindústria de processamento de forma inovadora e sustentável.
Sem se constituir uma figura jurídica, o APL é uma aglomeração de empreendimentos, localizados em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.
“Queremos unir esses produtores que atuam meio que isoladamente para ganhar mais força, ampliar negócios e conquistar novos mercados” João Hélio Cavalcanti – Diretor Técnico do Sebrae
No caso do APL de Fruticultura da Serra de Santana, o arranjo reúne cerca de 120 pequenos produtores, principalmente cajucultores, com propriedades em três cidades da serra que têm clima e produção semelhantes: Bodó, Cerro Corá e Lagoa Nova, atraindo novos compradores e ampliando mercado para esses agricultores. Inicialmente, o APL vai abranger apenas esses municípios, mas, em seguida, serão inseridas as cidades de Florânia, São Vicente, Santana do Matos e Tenente Laurentino Cruz.
Por Marcos Dantas