Exemplo: Brasileiro é finalista de prêmio de melhor professor do mundo

Brasileiro disputa prêmio de melhor professor do mundo
Professor levou tema da violência doméstica para a sala de aula Foto: Wemerson Nogueira

SOROCABA – Agricultores pobres com prole numerosa, no interior do Espírito Santo, os pais do menino Wemerson ofereciam aos filhos ainda pequenos duas opções: ir para roça com eles, capinar lavouras e colher café, ou estudar. Franzino e com mãos de pele fina que o cabo da enxada enchia de bolhas, o menino sempre optava pelos livros. Nesta quarta-feira, 22, o hoje professor Wemerson Nogueira da Silva, de 26 anos, será apresentado como o único brasileiro entre os dez finalistas ao prêmio de Professor Global 2017, que dará ao vencedor US$ 1 milhão.

Professor de ciências da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Antônio dos Santos Neves, na pequena Boa Esperança, cidade de 15,3 mil habitantes na região noroeste do Estado, Wemerson está concorrendo com educadores de países como Inglaterra, Alemanha, Espanha e Austrália. Em sua terceira edição, o Professor Global (Varkey Foundation Global Teacher Prize 2017), é o maior prêmio do gênero e foi criado para reconhecer “um professor excepcional que tenha feito uma grande contribuição para a profissão, além de chamar a atenção para o importante papel que os professores exercem na sociedade”.

Entre 2012 e 2014, o professor capixaba revolucionou as comunidades pobres de Nova Venécia, sua terra natal, com o projeto ‘Jovens Cientistas’, como conta. “A comunidade é carente de tudo e muitos alunos faziam o tráfico de drogas nos arredores e nas dependências da escola. Comecei a motivá-los para a música, para o esporte e, por fim, envolvi os pais. Os alunos passaram a ter interesse pela escola e pelo contexto social.” Ele conta que num dos projetos, o ‘Karaoquímica’, os alunos cantavam as fórmulas de uma matéria normalmente difícil. Contrariando orientação dos chamados “pedagogos”, ele liberou o celular nas aulas e converteu os aparelhos em fonte de consulta

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José Maria Tomazela, O Estado de S.Paulo

 

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