Relator do orçamento do Judiciário, Rogério Marinho alerta para efeito cascata após reajuste no STF

Indicado como relator da Lei Orçamentária para 2019 dos poderes, o deputado federal Rogério Marinho (PSDB) voltou a ser destaque na imprensa nacional. O parlamentar demonstrou preocupação com o reajuste salarial aprovado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para eles próprios, em sessão realizada nesta quarta-feira (08).

Em entrevista a BBC Brasil, o parlamentar potiguar disse que “haverá efeito cascata no judiciário estadual, em carreiras do Executivo, e tudo isso deverá ser levado em consideração na peça orçamentária”. Ainda de acordo com Rogério, “há de se lembrar de que o país está acumulando déficits e aumentando sua dívida há cinco anos”. Segundo o deputado, “para várias carreiras, o teto salarial virou quase que o piso”.

Seis dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram incluir no Orçamento de 2019 uma autorização para que eles próprios recebam um reajuste salarial de 16,3%, a partir do próximo ano. Se a proposta for aprovada pelo Congresso, o salário dos ministros do STF passará dos atuais R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil. O ministro Ricardo Lewandowski, autor de um dos votos favoráveis à medida, chegou a dizer que o reajuste era “modestíssimo”, informou a BBC.

Rogério Marinho foi designado para exercer o cargo de relator setorial do orçamento para a Presidência da República, Legislativo, Judiciário, MPU, DPU e Relações Exteriores. A proposta precisa ser votada pelo Congresso Nacional no fim do ano e define os recursos que serão destinados para estas áreas em 2019.

A Folha de São Paulo também entrevistou o deputado Rogério Marinho em reportagem publicada na terça-feira (07), dessa vez sobre o forte arco de alianças em torno do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. “O apoio desses partidos pode servir como alavanca para um governo reformista, e o fato de isso ter sido feito com antecedência pode ajudar”, disse o tucano do Rio Grande do Norte.

Já no último final de semana, foi a revista Época quem colocou Rogério em destaque, dessa vez em um debate sobre o fim da obrigatoriedade do imposto sindical. O parlamentar defendeu a medida e disse o antigo tributo “mantinha uma estrutura arcaica, carcomida, bizantina e ultrapassada”. O fim da obrigação do trabalhador de pagar o imposto sindical foi uma iniciativa do deputado, incluída na modernização das leis trabalhistas, da qual foi relator na Câmara.

Esta entrada foi publicada em Geral. Adicione o link permanente aos seus favoritos.