Segundo o Pontífice, atualmente há a necessidade dos fiéis terem um “olhar materno” no mundo contemporâneo, principalmente porque “a família humana se fundamenta nas mães”. “Um mundo que olha para o futuro, privado de olhar materno, é míope. Aumentará talvez os lucros, mas jamais será capaz de ver, nos homens, filhos. Haverá ganhos, mas não serão para todos.
Habitaremos na mesma casa, mas não como irmãos”, acrescentou. Jorge Mario Bergoglio também ressaltou que é preciso “aprender das mães que o heroísmo está em se doar, a força em ser misericordioso e a sabedoria na mansidão”.
Ele afirmou que todas as mães introduzem os filhos na vida com amor, mas lembrou que há filhos que vivem “por conta própria, perdem o rumo, se acham fortes e se perdem, se acham livres e se tornam escravos”.
“Quantos, esquecidos do carinho materno, vivem zangados e indiferentes a tudo! Quantos, infelizmente, reagem a tudo e a todos com veneno e maldade! Às vezes, mostrar-se mau até parece um sinal de fortaleza; mas é só fraqueza”, declarou.
Além disso, o líder da Igreja Católica convidou a todos os fiéis a ficarem “maravilhados” com o dom da vida, pois é isso que permite “começar sempre de novo”. “É preciso ter atitude no início do ano, porque a vida é um presente que nos dá a oportunidade de recomeçar, mesmo dos mais baixos”, disse Francisco, ressaltando que a Igreja tem que renovar sua capacidade de espanto, para que não se torne um “lindo museu do passado.
Para o Papa, a “fé é um encontro, não é uma religião. A vida, sem espanto, torna-se cinzenta, habitual, e a Igreja também precisa renovar a maravilha de ser o lar do Deus vivo”. “Nós compreendemos melhor o amor divino, que é paterno e materno, como o da mãe que não cessa de acreditar nos filhos e nunca os abandona”, finalizou Francisco, defendendo que a “unidade conta mais que a diversidade”. Dia Mundial da Paz – Durante a oração do Ângelus, o papa Francisco recordou a celebração do 52º Dia Mundial da Paz, dedicado ao tema da “boa política a serviço da paz”, e afirmou que a “política não é reservada apenas aos governantes”. “Somos todos responsáveis pela vida da cidade, pelo bem comum e a política é boa na medida em que cada um contribui com sua parte para o serviço da paz”, acrescentou o argentino.