Acadêmicos de medicina da Ufac desenvolvem projeto para auxiliar profissionais da Saúde

A pandemia do novo coronavírus – COVID-19 provocou grande temor nos riobranquenses. Em poucos dias, desde a confirmação do primeiro caso de coronavírus no país, farmácias já estavam com o estoque de álcool em gel e máscaras descartáveis esgotados.


Com a confirmação dos três primeiros infectados no Acre, na terça-feira, 17, as pessoas deram sinais de apreensão. Os hospitais tiveram que atender uma quantidade triplicada de pacientes com suspeitas de contaminação. Em virtude desta grande demanda, materiais e equipamentos de proteção começaram a esgotar nas redes de atendimento.


Visto à proporção que a pandemia vem tomando, a necessidade de equipamentos de proteção individual – EPI’s para os profissionais da Saúde se intensificou. Então, um grupo de estudantes de medicina da Universidade Federal do Acre – Ufac colocou em prática uma iniciativa para corroborar e auxiliar estes profissionais e redes de atendimento em Saúde.


A iniciativa visa confeccionar, principalmente, máscaras e aventais descartáveis para os profissionais da Saúde. Assim, os alunos estão necessitando primordialmente de materiais para a confecção destas EPI’s.
Durante a entrevista, os estudantes Lucas Reis Angst e Talita Ferraz Trancoso falaram da importância do projeto e também de como estão sendo desenvolvidos os equipamentos.


“Durante a confecção estamos tendo todo cuidado para não cairmos em algum descontrole e também não colocarmos em risco a saúde das pessoas que estão nos ajudando. Já temos apoio dos estudantes da enfermagem e residentes de medicina também. Mas tudo está sendo elaborado para não colocar ninguém aqui em risco”, esclarece Angst.


Os estudantes apontam que a ideia para a confecção não é apenas centralizar em Rio Branco, mas uma forma de incentivar a outras Universidades a desenvolverem também a iniciativa. “Nós podemos ensinar a confeccionar, para outras pessoas reproduzirem nosso projeto em outros lugares. O desenvolvimento não é tão simples de se fazer, mas se montar uma equipe de seis pessoas é possível produzir até 100 máscaras por dia”.


Também foi reforçado, que caso alguém esteja interessado em produzir estes EPI’s, busque contatá-los para poderem ajudá-los durante a confecção.
“É importante ressaltar que este material é insubstituível. Ele será utilizado para uso complementar dos profissionais. Não substitui nenhum material dos hospitais. E será utilizado quando acabarem os estoques nos hospitais. Pois não há um estoque de máscaras no Estado”, aponta Francoso.

Necessidades para o desenvolvimento do projeto
Mediante ao apoio financeiro, uma das principais necessidades para o desenvolvimento da produção dos EPI’s são os materiais. Ambos disseram que estão desenvolvendo outras alternativas para a confecção.


Relataram também que estão recebendo apoio de empresários, os quais estão acreditando na iniciativa do projeto. E que todo o valor monetário fornecido não está sendo destinado apenas para o material de produção, mas também para a compra de outros equipamentos só fabricados por lojas.


“Compramos óculos protetores para os médicos. Fomos nas lojas e compramos os produtos mesmos. Também compramos todos protetores faciais do Estado e deixarmos nas UTIs [Unidade de Terapia Intensiva]. Compramos material permanente para ficar nas UTIs. Está lá para proteger e ficará lá”, esclarecem os estudantes.


Importante ressaltar que o dinheiro destinado à vaquinha, além de estar sendo utilizado para comprar o material da produção dos equipamentos descartáveis, também está sendo utilizado para efetuar estas compras de materiais permanentes.


“Existem muitas pessoas nos ajudando. Há uma rede de empresários locais nos fornecendo ajuda também. Há costureiras ajudando na confecção de forma gratuita. Há uma empresa local cobrando mais barato na mão de obra. Nos temos muito a agradecer”, informou.


Caso o material se acabe, já estão estudando a possibilidade de utilizarem garrafas PET como material para a confecção.


Os estudantes pediram encarecidamente que a população não tente produzir este tipo de material em casa, pois é destinado exclusivamente para hospitais.
A Ufac cedeu o local para o desenvolvimento do projeto e forneceu também o material que já tinha disponível dentro da instituição.


Quer saber mais ou ficou interessado em ajudar?
O Instagram é a principal plataforma para conseguir entrar em contato com o grupo. Lá estarão esclarecendo algumas dúvidas. Estão lançando e promovendo campanhas de prevenção e incentivo para a população continuar de quarentena em casa. Através do User: @episcovid19

Há também o link para a vaquinha virtual, no qual já conseguiram arrecadar até R$ 24.406,00, 24% da meta a ser conquistada O link

Fonte jornalopiniao

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