Sputnik V é eficaz contra variante de Manaus, dizem pesquisadores argentinos; Fundo Russo fala em proteção já após a 1ª dose

Pesquisadores argentinos do Instituto de Virologia da Universidade Nacional de Córdoba concluíram um estudo que mostra a eficácia da vacina Sputnik V contra a cepa P.1 do coronavírus causador da covid-19, que foi identificada inicialmente em Manaus (AM).

Segundo comunicado divulgado pelo RDIF (Fundo Russo de Investimento Direto), detentor dos direitos comerciais do produto, a vacina é capaz de proteger contra a doença provocada pela cepa P.1 inclusive após a primeira dose.

Os dados completos do trabalho, no entanto, não foram divulgados até o momento.

A Argentina começou a usar a Sputnik V no fim de dezembro. Em março, o país detectou a transmissão comunitária da cepa de Manaus.

“O estudo realizado na Argentina confirmou a alta eficácia da vacina “Sputnik V” contra novas cepas de coronavírus. A Argentina foi o primeiro país da América Latina a usar a “Sputnik V” para vacinar a população. Agora vemos que o uso do medicamento ajuda a proteger a população não só contra as conhecidas, mas também contra novas variantes do vírus, inclusive a brasileira. Uma forte resposta imunológica se forma já após receber a primeira dose da vacina”, afirmou o diretor-executivo do RDIF, Kirill Dmitriev por meio de nota.

No Brasil, a Sputnik V teve um pedido de importação e uso negado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) após técnicos concluírem que os documentos apresentados pelo desenvolvedor eram insuficientes — ou apresentavam inconsistências — para garantir a segurança do imunizante.

Na última sexta-feira (21), a agência recebeu novos dados da vacina enviados pelos estados da Bahia e do Maranhão, que pretendem comprar a Sputnik V. Em nota, a agência informou que o documento será anexado ao pedido de importação do imunizante.

R7

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