Filho do prefeito de Tangará (RN) pede interdição do pai à justiça alegando problemas de saúde mental

O prefeito de Tangará (RN), Dr. Airton, de 72 anos, vive um dilema causado por sua saúde física e mental debilitadas e o isolamento de parte de sua família, provocada por parte de seus sete filhos, conforme um deles, Magdiel Bezerra explicou ao Diário do RN nesta segunda. Ele move um processo de interdição contra o pai, alega que sua irmã Elane afastou Airton do convívio familiar e assumiu, nos bastidores, a gestão do município.

“A ação de interdição foi movida por mim. O motivo é que meu pai estava em tratamento de problemas de memória e articulação de fala e pensamentos desde 2020, e o quadro vem se agravando desde então, pois minha irmã Elane afastou ele do convívio de todos os meus irmãos. Além disso, tem se aproveitado da situação para comandar a Prefeitura de Tangará no lugar do meu pai, usurpando o lugar dele”, lamentou.

Magdiel disse que o processo de interdição está em segredo de justiça e que, apesar de não poder dar detalhes, este “está bem adiantado”. Ele disse que, pelo quadro médico que seu pai apresenta, é grande a chance de Dr. Airton ser retirado da Prefeitura, com os dois pedidos de impeachment sendo aceitos pela Câmara de Vereadores.

“Eu acredito que sim, pois ouvi testemunhos de pessoas que tiveram contato com ele pessoalmente e ele aparenta sempre estar ‘fora de sintonia’, nas palavras dessas pessoas. Além disso, Elane tem tentado blindá-lo em várias ocasiões, faltando inclusive audiências na justiça. E que a irmã não deixa o pai ter nenhum tipo de contato com ele e os outros filhos.

“Nem celular ela deixa ele ter mais. Meu pai tem sete filhos. Três estão do meu lado e apoiam a minha decisão de tentar interditá-lo e retirá-lo do poder de Elane, enquanto outros dois estão do lado dela. Eu não tenho contato nem com ela, nem com esses dois irmãos que estão com ela”, disse.

Ele disse ainda que não há laudo médico que ateste a atual situação clínica de dr. Airton e que o “objetivo do processo de interdição é justamente esse, pois como nós (os outros filhos) não temos acesso a ele, não temos como leva-lo a um médico, daí a necessidade da perícia determinada pela Justiça. O que conseguimos foi uma declaração da clínica onde ele era atendido em 2020.

Para Magdiel, a tristeza maior é ver o nome de Dr. Airton sendo relacionado a irregularidades administrativas. “O pior de tudo é que ela (Elane) tem cometido muitas irregularidades na Prefeitura e como, até o momento, ele está perante a justiça como uma pessoa plenamente capaz, os inquéritos abertos pelo Ministério Público são contra meu pai. O processo de interdição e curatela é também por achar muito injusto que ele pague pelos absurdos cometidos por ela”, desabafou.

Diário do RN

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