O Relatório Anual do Desmatamento (RAD), divulgado pelo MapBiomas, revelou que, em 2022, mais de 4 mil hectares da caatinga foram desmatados devido às atividades das usinas de energia eólica e solar, incluindo as linhas de transmissão. Essa foi a primeira vez que o levantamento da organização considerou a expansão da infraestrutura das energias renováveis como um vetor de desmatamento.
De acordo com o relatório, pelo menos 69 alertas de desmatamento foram registrados em áreas de empreendimentos eólicos, totalizando 1.087,8 hectares. Já nas áreas de usinas fotovoltaicas, foram registrados 23 alertas, que atingiram 3.203,48 hectares. Somados, os empreendimentos de energia renovável apresentaram alertas de desmatamento em uma área de 4.291,28 hectares.
Os dados da pesquisa atestam que as denúncias apresentadas por organizações não-governamentais, – como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Cáritas Brasil -, agricultores, pescadores e moradores de regiões próximas aos parques de energia eólica têm fundamento, uma vez que os desmatamentos causados por esses empreendimentos implicam em um forte impacto ambiental.
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