Arquitetura Religiosa do Seridó, Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Acari/RN

Foto: Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Edson Dantas

Foto: Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Edson Dantas

Segundo Augusto, as primeiras sesmarias do sertão do Seridó foram concedidas na década de 1670, para criação de gado. A resistência indígena local fez parte dos conflitos conhecidos como Guerra dos Bárbaros. Assim, segundo Morais, só houve fixação definitiva na área nas primeiras décadas do século XVIII. Acari, na ribeira do Rio Acauã, surgiu de um pouso de viajantes, a partir da construção da Capela de Nossa Senhora da Guia pelo sargento‐mor Manuel Esteves de Andrade, que solicitou autorização para tal em 1737. Ela foi, nos séculos XVIII e XIX, a segunda povoação mais importante do Seridó (Caicó era a primeira), e só chegou a ser vila em 1833. Entre 1836 a 1840, a capela passou por reformas, adquirindo corredores laterais. Na década de 1870, com a construção da nova matriz, sua invocação passou a ser de Nossa Senhora do Rosário (Pombal, Igreja de Nossa Senhora do Rosário). A edificação é de alvenaria de pedra e tijolos. O frontispício, com cornija e frontão alteados, e vergas em arco abatido, é uma simplificação do modelo corrente na região de Pernambuco na segunda metade do século XVIII (Recife, Capela de Nossa Senhora da Conceição das Jaqueiras). No interior, destaca‐se o conjunto policromado e dourado da capela‐mor (retábulo, forro e arco‐cruzeiro), com desenho próprio da época de D. Maria. A igreja foi classificada pelo IPHAN em 1964. Entre 1969 e 1979, passou por uma série de modificações, incluindo reparos gerais, eliminação das galerias, dos altares laterais e dos arcos que se abriam para a capela‐mor e a nave.

Juliano Loureiro de Carvalho

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